segunda-feira, 4 de abril de 2016

Quem sou eu

Quem sou eu? Sendo alguém, quantos sou? Destes todos, quem sou agora? Sendo muitos, os sou por quê?

Quem sou eu?
É uma pergunta aparentemente simples, mas de dificílima resposta. Quem sou eu, dos muitos que posso ser, e de todos os que tento ser? Quem sou eu? De todos aqueles que acredito ser, serei realmente algum deles? Quem sou eu, se sequer sei com plena, total e absoluta certeza se realmente existo, ou se não passo de um sonho perdido em plena realização mental de outrem.

Quem serei eu, para os que de fora me percebem? Quem serei eu para aqueles que nem me percebem? Quem serei eu para aqueles que gostam de mim? Quem serei eu para os que de mim não gostam? Quem serei enfim eu, se para mim mesmo não posso afirmar que existo?

Acredito ser impossível saber, em totalidade, quem sou eu, mesmo que me baseie em minhas próprias observações, ou nas observações que de mim fazem. Sou muitos, e cada um dos que me compõe percebem a mim de uma forma diferente, múltiplas, muitas vezes. Dos que me percebem, também, cada um me percebe de uma forma diferente e alguns destes me percebem como múltiplo também. Afinal neste turbilhão de eus, quem sou eu então?   


Quem serei eu para mim mesmo? Quem serei eu a cada instante? Como será que me percebem? Quem será o eu que a mim mesmo me referencio, ou o eu a quem me referenciarei? Quem serei o eu que cada um dos que me percebem tendem a me referenciar?

Assim que sou, deixo de ser. Sou uma metamorfose constante. Sou o reflexo exteriorizado dos eus que me compõem, e sou agora o que já não mais sou, sendo depois o que logo deixarei de ser. Mas enfim sou único, sendo múltiplos.


#faceedisfarce

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